A cidade do Rio de Janeiro está com falta de padeiros. Estimam que este apagão de mão de obra representa entre 3.000 e 5.000 vagas abertas nas padarias. A reportagem cita a difícil condição dos padeiros que trabalham em horários complicados, que realmente todos sabemos.
Se padeiro está em falta, imagina outras áreas mais técnicas em que a formação do profissional leva de 2 a 5 anos. Digo isso pois minha industria não consegue encontrar profissionais qualificados e acabamos contratando quem aparece mesmo sem conseguir entregar o que precisamos, nem atender corretamente o cliente, tapando buraco. Este aprendizado leva muito tempo e não temos motivos para dar aumentos salariais para quem não tem formação na área e acaba sendo ineficiente por isso. Estes acham que são “engenheiros” mas não tem nem o curso “técnico” e se sentem injustiçados pelos baixos salários.
Os padeiros estão preferindo trabalhar na construção civil que está pagando mais. A dificuldade é que as empresas e padarias não tem condições de aumentar salários. Todos sabemos que o mercado de imóvel e construção está aquecido e como estão ganhando fortunas com imóveis, os salários dos trabalhadores aumentam.
A população é a favor de aumentos salariais e sindicatos fortes pressionando aumentos salariais, mas não querem pagar mais caro no pão nosso de cada dia.
Para a indústria fica ainda mais difícil. Como aumentar salários e custos se os produtos importados estão entrando com tudo no Brasil. Mesmo com o dólar subindo, ainda assim nossas indústrias estão sofrendo bastante… seja com a alta produtividade, eficiencia e qualidade da Europa e Estados Unidos, ou também, os preços extremamente baixos da China.
Isso é a livre concorrência. Mercados mais lucrativos aumentam salários (neste caso a construção civil), enquanto outros são obrigados a reduzir custos, cortar salários e funcionários. Sempre vai haver certas profissões mais valorizadas com salários mais altos e outras profissões com salários mais baixos. Ocorre que os trabalhadores e sindicatos não aceitam esta livre concorrência e saber que existem momentos de alta e outros de baixa. Nessas baixas, empresas quebram e/ou demitem em massa.
http://odia.ig.com.br/noticia/economia/2013-06-18/padarias-do-rio-sofrem-apagao-de-mao-de-obra.html
eu sou padeiro e posso garantir que nao falta profissionais na area,o que falta e pessoas dispostas a trabalhar ate 15 horas por dia de domingo a domingo em troca de um misero salario,o dia que os panificadores entenderem que a profissao de padeiro e normal como qualquer outra,ou seja 44 horas semanais e uma produçao compativel com a capacidade do profissional,mais salarios dignos essa demanda deixa de existir!