No Brasil, as empresas são obrigadas a embutir todos os impostos nos preços, taxas de boleto e cartão de crédito e todos os custos extraordinários, assim a população não sabe tudo aquilo que está compondo seus preços. Os impostos são maiores são PIS/COFINS/IRPJ/ICMS/IPI.
Temos que nos basear em países mais desenvolvidos onde as coisas funcionam, e neste caso, vou mencionar os Estados Unidos, onde os preços nas etiquetas não incluem os impostos. Os impostos são adicionados no ato do pagamento. Ou seja, o preço do produto será o mesmo em qualquer lugar do pais, porém cada estado poderá cobrar impostos diferentes.
A guerra fiscal por qual estamos passando no Brasil não é de conhecimento da população, e tenho certeza que se os impostos fossem adicionados aos preços das etiquetas, os consumidores automaticamente iriam querer comprar dos estados que cobram menos impostos, saber o quanto o governo está roubando e facilitar a vida das empresas. Atualmente as empresas precisam ter várias tabelas de preços pois cada estado cobra da empresa alíquotas diferentes baseados no estado de origem e destino. As fórmulas são bem complexas e por isso, enviar um orçamento não é um trabalho simples.
As taxas dos cartões de crédito é um outro exemplo. Como os consumidores não pagam as taxas dos cartões, não faz diferença usar o Mastercard ou Visa ou outros que estão surgindo. No momento em que o consumidor pagar taxa de 4% no Mastercard e 5% no Visa, eu tenho certeza que os clientes vão escolher pagar pelo mais barato e incentivar a concorrência no setor. As empresas e os consumidores ganhariam com isso.
A medida que as informações ficam claras para os consumidores, a livre concorrência aumenta, assim como a pressão da sociedade para redução de impostos, ou pelo menos, faz as pessoas pensarem mais a respeito. São poucos os empresários no Brasil e não temos como fazer muita pressão no governo ou na sociedade, sem a adesão da população.